Como prometido, cá estou de volta ao tema. Até porque sei que ou o faço agora ou já cá não volto. Estou a terminar o trabalho sobre o livro e já tenho outros na calha. Esta vida de estudante é tramada…A psicologia da pessoa dependente é qualquer coisa de fascinante. Um dos capítulos do livro de May debruça-se sobre os esquemas que a mente humana inventa para tornar o "objecto de dependência" atraente e, de seguida, alimenta em vista de o fazer perdurar ao máximo. Eis alguns exemplos:
Negação: “Eu não estou dependente do tabaco! Só fumo porque me apetece!”
Repressão: “Sei que não passo sem cinco cafés por dia mas não o admito em frente de ninguém, nem sequer de mim próprio. Afinal o que são cinco cafés?!”
Racionalização: “Eu preciso de beber porque ando deprimido. É uma forma de aliviar!”
Esconder: “Já não consigo passar sem a dose de heroína. Mas ninguém há-de saber, principalmente a minha família e amigos. Vou esconder até poder!”
Adiamento: “Eu sei que tenho que deixai de tomar estes comprimidos para dormir, mas tenho que encontrar a melhor altura para o fazer. Agora não. As férias são a altura ideal!”
Derrota: “Desisto de lutar! Tenho que aceitar aquilo que sou. O que é que hei-de fazer senão continuar?!"
Vitória antecipada: “Afinal não custou nada! Bem me parecia! Já há duas semanas que não bebo! A parir de agora só às refeições!”
Fracasso total: “Nunca fumei tanto como agora. Passei de um para dois maços por dia. Está tudo contra mim. Se eu me livrasse de todos os problemas que me afligem, se conseguisse um emprego melhor, se ganhasse o totoloto, não tenho dúvidas de que então conseguia!”
Mas como o totoloto não se ganha todas as semanas…. Muitas vezes esta ordem altera-se, pode-se regredir, saltar em frente ou permanecer numa determinada fase por qualquer razão.
Durante o texto fiz alusão a algumas dependências mais "comuns". Se quisermos fazer o exercício, tentemos aplicar este esquema às nossas próprias dependências, por mais mesquinhas que elas possam ser. Compras, último grito da tecnologia electrónica, telemóveis, doces, trabalho, desporto, não ser capaz de ir para a cama antes das duas da manhã, etc, etc. Afinal de contas estamos a chegar à Quaresma…
Durante o texto fiz alusão a algumas dependências mais "comuns". Se quisermos fazer o exercício, tentemos aplicar este esquema às nossas próprias dependências, por mais mesquinhas que elas possam ser. Compras, último grito da tecnologia electrónica, telemóveis, doces, trabalho, desporto, não ser capaz de ir para a cama antes das duas da manhã, etc, etc. Afinal de contas estamos a chegar à Quaresma…
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