Where are you from?? Oh... Portugal!!!!

É assim que têm começado muitas das minhas conversas nos últimos tempos. Para além de tudo o que vem a seguir a esta exclamação inicial, tem sido interessante estar atento àquilo que realmente se sabe e se conhece (ou não!) de Portugal por estas "bandas". Capital, língua, se é monarquia ou república, etc.

Se o interlocutor é "spanish" (equivalente a natural da América do Sul) sabe que damos uns toques na bola de "soccer" (e não de "futebol", porque esse é rei em terras de Tio Sam) e que temos tido uns craques nos últimos tempos. Portugal é igual a Cristiano Ronaldo!!

Se o interlocutor é "caucasian" (termo que designa aqueles que são naturais da América do Norte ou descendentes de europeus, de cor branca), Portugal passa a ser uma região/zona/estado junto a Espanha onde se vai de fugida beber um cálice de vinho do Porto ou ouvir um fado ao Barro Alto quando se está de visita oficial a "Nostros Hermanos".

Se se trata de um católico praticante o nome que logo salta à boca é Fátima, claro está. Aliás são muitas as igrejas que têm a sua imagem ou inclusive lhe são dedicadas. O espaço, como que por milagre, torna-se imediatamente mais acolhedor para nós.

Ontem à noite alguém teve a gentileza de me oferecer uma página da edição de Terça-feira do jornal New York Times International onde vinha uma reportagem sobre o "faithfull friend", o nosso fiel amigo. Descreve a tradição portuguesa de comer o bacalhau na noite de Natal, das mil e uma maneiras de o cozinhar e fala um pouco da indústria do bacalhau numa empresa de Ílhavo.

Depois de tantos anos de árduo esforço, parece que ainda não conseguimos descolar dos três "F" que nos definiam há trinta ou quarenta anos atrás...

No meio de tudo isto acho que só temos uma grande vantagem: em Portugal ninguém conseguia inventar uma fraude ao ponto de ficar com 50 biliões de dólares!! Os nossos "Madoff" são, literalmente, de trazer por casa.