sábado, 24 de janeiro de 2009

Times Square


Este é um local difícil de descrever, digo-vos sinceramente. Principalmente se lá vamos à noite. É tal a confusão de pessoas, carros e ecrãs luminosos num raio de 180 graus que nos pomos a pensar: mas o que é que esta gente aqui anda toda a fazer??? A impressão que dá é que a maioria gosta mesmo de andar aos encontrões por todo o lado. Não é por acaso que os nova-iorquinos literalmente fogem deste local. Nos último tempos, Times Square tornou-se um espaço exclusivo de e para turistas. Há que dizer que é ali que se situam as famosas salas de teatro e espectáculo da Broadway.
Uma coisa é certa: se quisermos experimentar e sentir NY não podemos deixar de passar por lá, ao menos uma vez.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Uma nova América??


Não sei. Não ouso responder a esta pergunta. E não é por medo, vergonha, apartidarismo ou outra razão qualquer. É simplesmente porque não sei. Evidentemente todos os que respiram o ar do jogo político, nunca escolheriam este momento para ter dúvidas. A grande maioria que venceu (bem como os que entretanto se juntaram) está radiante e eufórica. A minoria que foi vencida não fala. Pelo menos para já.
Sem sombra de dúvida, este é um dia histórico que merece ser celebrado. Barack Obama é o estandarte de todos os que acreditam na igualdade de direitos e deveres entre todas as raças na construção dum mundo melhor e não avaliam os seres humanos pela cor da sua pele. Ele venceu as eleições não só com os votos dos afro-americanos, mas também dos latino-americanos, dos asiáticos e de muitos americanos brancos. Mas desiludam-se os que pensam que esta vitória eleitoral representa, só por si, um sinal inequívoco de crescimento numa pacífica convivência entre a miscelânea de raças e culturas que é a sociedade americana. E isto por duas razões: porque foi um acontecimento isolado e, mais ainda, porque se deu num ambiente muito específico que é o combate político.
Quanto a este presidente e ao seu governo, todos lhe desejamos as maiores felicidades. Para seu bem e para nosso bem. Tanto a nível da política interna como externa. Tanto no campo económico como das relações internacionais. Tanto na luta interna contra os crimes económicos, o desemprego e a exclusão social, como na luta pela paz.
Muitos de nós fomos criando, principalmente ao longo dos últimos tempos, um espírito anti-americano muito forte. Porque são prepotentes; porque escondem sempre interesses económicos por detrás de todas as guerras contra o terrorismo, aproveitando para promover um novo regime político (segundo eles) mais justo que respeita a liberdade de todos os cidadãos; porque usam todas as instâncias internacionais para defender os seus próprios interesses; porque se afirmam como donos e senhores do mundo; porque são os principais causadores da crise económica que atravessamos; porque…
Mas neste momento vale a pena perguntar: Será que nos deixámos tocar por este homem? Será que ele vai ser capaz de liderar o mundo no desejo de vencer a grave crise económica e financeira em que se encontra? Será que ele vai mesmo ser capaz de construir a paz sem ter que fazer mais guerra? E o juramento que fez sobre a Bíblia Sagrada, a mesma que escutamos aos Domingos na Missa como Palavra de Deus, que comentário nos merece?
PS: Queres participar numa brincadeira? Vota na sondagem que está ao lado. ACREDITAS EM BARACK OBAMA?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Lady Liberty

E cá estou eu de novo, após uma prolongada ausência.
Para já, vou falar-vos da tarde de domingo em que decidi ir visitar uma minha ilustre vizinha: Lady Liberty! Foi um passeio agradável, devo dizê-lo.
Depois de uma viagem de barco de cerca de 15 minutos, chegamos a uma ilhota onde, desde Outubro de 1886, está situada um dos mais emblemáticos cartões de visita deste país: a Estátua da Liberdade. Talvez isto nos diga pouco a nós, embebidos como estamos, por razões políticas, económicas, etc, em sentimentos anti-americanos. Mas para milhares de emigrantes europeus que aportaram a estas terras nos inícios do século passado, esta era realmente a primeira imagem da vida nova que procuravam e da liberdade por que suspiravam. A terra onde tudo era possível acontecer, tal como ainda hoje é, tanto de bom como de… menos bom.
Alguns números: mede cerca de 46 metros de altura, o braço direito tem cerca de 13 metros de comprimento e o nariz quase 1, 5 metros. Está colocada numa ilha situada ao sul de Manhattan, já perto da foz do rio Hudson que separa NY de New Jersey.
Do roteiro faz também parte uma passagem por uma outra pequena ilha, Ellis Island, onde está situado o museu da Imigração. Entre 1892 e 1954, entraram nos EUA por esta ilha cerca de 12 milhões de pessoas. O museu propõe aos visitantes um pequeno percurso, igual ao que faziam os imigrantes ao chegar: começa no local de desembarque de pessoas e bagagens, passa pela sala de exames médicos, pelos procedimentos legais e termina na kiss room, a sala onde os recém-chegados se encontravam com os familiares que, tendo já vindo anteriormente, os esperavam. Convém lembrar que a viagem era longa e a percentagem dos que morriam em alto mar (com fome, frio, doenças, falta de cuidados médicos, de água potável, etc) era muito alta. Naturalmente isto afectava principalmente os mais pobres que viajavam amontoados no convés ou no porão dos navios durante toda a viagem. Do pouco de que me lembro, o filme Titanic também retratava esta realidade, tanto mais que o seu destino era precisamente NY.

Para percebermos o lugar da Ellis Island na história deste país, basta dizer que os antepassados de cerca de 40% dos americanos passaram por aqui.
Mais um pedaço de história que visitei.