Como forma de assinalar o dia dos Seminários, partilho convosco o cartaz que serve de suporte à campanha vocacional na diocese de NY. Gostam do cartaz? A mensagem é forte! Faz apelo a uma realidade que toca de perto muita gente neste país: heroísmo, guerra, forças armadas, morte em combate, sofrimento das famílias, etc. É impressionante a frequência e a forma como se reza pelos militares nesta terra!! Quanto ao cartaz, só tenho um pequeno "senão": não estou plenamente convencido de que este tipo de mensagem seja o mais apropriado para a promoção da vocação sacerdotal. Talvez porque não sou americano, quem sabe?Quem quiser saber mais, visite http://www.nypriest.com/
4 comentários:
1. não sou norte americano nem tenho um particular afecto pela política norte americana...mas a América é um continente...
2.Sendo padre, nos dias q correm parece-me muito mais heroico ser um verdadeiro pai/mãe de família.
3. A metáfora da heroicidade dos militares tlvz faça parte do imaginário norte-americano. No entanto duvido q seja particularmente apelante no contexto vocacional...
4.Talvez nos fizesse falta (aos padres) sentir na pele a fragilidade dos soldados e das vítimas e das famílias de uns e de outros...
5. A questão vocacional pode tornar-se mais visível pelo marketing...mas não se resolve por ele.
6.Zé,um abraço! Se quiseres vir tomar um copo de...leite:), aparece!
Jorge
Olá amigo Zé
Parece que o grito "Yes You Can" resultou em cheio para criares o teu blog. Mudaste a tua opinião sobre os blogs e agora sentimos-te mais próximo. Reduziste o Oceano Atlântico a um riacho. Mudar para ficarmos mais próximos do nosso próximo é coisa de herói, e o mundo precisa deles, sejam padres ou pais de familia...
Isso sim, YES WE CAN.
Abraço do Amandio, Susete e Filipe
Uma das coisas que me interpela neste cartaz (talvez pela negativa...) é a associação da imagem de “herói” à vocação sacerdotal. No meu entender, herói é alguém que realiza feitos notáveis pelos quais é aplaudido e "idolatrado". Herói é alguém que, pelas suas qualidades humanas, físicas, intelectuais ou outras se destaca e sobressai. É alguém com um carisma de tal maneira forte que atrai e chama outros a segui-lo. Mas este movimento - ainda que muito positivo - termina aí, no próprio herói, e não vai mais além. Para mim, a pessoa do sacerdote não é um “fim” mas um “meio”, para que todos aqueles que vêm até ele cheguem mais além, até Àquele que a todos chama e atrai, como único Salvador. Um “meio” particular e de fundamental importância, que naturalmente se destaca. Mas será sempre uma ponte e nunca o fim do caminho. É claro que esta forma de pensar pode ser entendida como um “empobrecimento” da vocação e do carisma sacerdotal. Para mim é a sua maior “riqueza”.
Bem...não podia deixar de comentar este Post pelo que me diz respeito como padre e estudioso-teórico da vocação sacerdotal!! Gostei do cartaz que acho que é típico de um contexto norte americano onde os heróis são uma necessidade de afirmação cultural! Mas o cartaz usa bem as técnicas do marketing...mensagem forte, imagem associada, direito à realidade e às exigências de um povo! Parece-me que temos muito que aprender neste campo, ainda que não seja tudo e a mensagem valha por si, mas estou convencido que só agora começamos a perceber que temos um produto valioso a ser "vendido"!
Abraço e força aí!
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