Eis algumas fotos tiradas nos arredores das montanhas de Berkshires (oeste de Massachussets) a testemunhar isso mesmo.











A unanimidade é cada vez mais um mito.
No dia em que foi anunciado o nome do presidente americano como o vencedor do Prémio Nobel da Paz 2009, os poucos comentários que escutei não foram muito abonatórios. Desgosto ou mesmo desprezo talvez sejam as palavras mais adequadas. À hora de almoço, quando Barack Obama aparecia na TV, muitos viravam a cara ou desligavam o televisor. Talvez tal reacção fosse de esperar, vinda de pessoas mais ou menos próximas da Igreja, supostamente mais conservadoras e, por isso, tendencialmente de voto republicano. Mas uma coisa parece ser clara na política e sociedade americanas: não há espaço para meio-termo, amor ou ódio. Ou se é a favor ou contra o sistema nacional de saúde. Ou se é a favor ou contra o aborto. Quem vê CNN (assumidamente liberal e democrática) não suporta FOX News (assumidamente conservadora e republicana) e viceversa. Senão, vejamos:
Há quem ache que a atribuição do prémio foi bastante prematura. Um artigo de opinião da FOX News tem por título "Como ganhar um prémio Nobel da Paz em 12 dias". E explica: Obama tomou posse a 20 de Janeiro passado e a lista dos nomeados e possíveis vencedores foi definida a 1 de Fevereiro. De facto...
Pelo contrário no site da CNN lê-se que a vitória de Obama é excepcional a todos os níveis. É o quarto presidente americano a ser galardoado, o terceiro a receber o prémio durante o mandato presidencial e ainda por cima o primeiro a consegui-lo durante o primeiro ano de Casa Branca.
O mundo (ou pelo menos o Comité norueguês) quis apresentar Obama como exemplo de alguém que promove o diálogo e acredita na resolução pacífica dos conflitos internacionais. A julgar pelo que hoje vi, ouvi e li, acho que ele está mais perto de ser bem sucedido a nível externo que dentro do seu próprio país.